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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Segurança para quem?

O problema da violência não pode ser usado como pretexto para aumentar o controle e a vigilância sobre a categoria
 

Todos os dias, em todo o país são noticiadas histórias de assaltos em setores dos Correios ou contra carteiros nas ruas. Acontecimento que se repete em todo o país.

A empresa respondeu às noticias afirmando que problemas como o atraso na entrega de encomendas se dá por falta de segurança pública em determinadas regiões.

Com essa resposta a empresa procura esconder que os problemas para a execução dos serviços dos Correios não são de segurança pública. São em grande medida de responsabilidade da própria empresa.

Nos últimos anos os Correios se tornam um alvo atrativo não por falta de câmera de vigilância, ou escolta armada, e sim porque a empresa foi sendo transformada por dentro, perdendo seu caráter original.

Por exemplo, a situação nas agências se agravou por causa do banco postal que aumentou muito a circulação de dinheiro. Além de transformar o atendente em bancário, sem a jornada de trabalho do bancário, nem outros benefícios desta categoria, expos o trabalhador aos riscos inerentes às agências bancárias.

Os assaltos de rua também aumentaram pela mudança no serviço da empresa. Os Correios se tornaram praticamente em empresa transportadora de valores, com entregas de objetos valiosos, só que sem o carro forte. O que foge da sua função original. Mas esse passou a ser o foco da empresa.

Diante desses acontecimentos terríveis para os trabalhadores alguns setores começaram a defender uma proposta que seria para aumentar a segurança, mas na verdade representa o aumento do controle da empresa sobre os trabalhadores.

Quando a empresa diz que está preocupada com a categoria e por isso tem de contratar empresa terceirizada de segurança, na verdade, a preocupação é com o patrimônio da empresa. Além de inúmeros processos judiciais de trabalhadores em busca de direitos pelo serviço bancário executado nas agências, ou em busca de indenização por causa dos assaltos.

Medidas de segurança são diferentes de medidas de controle dos trabalhadores, como câmeras de segurança. O que a empresa está fazendo é usar o pretexto de segurança para aumentar o controle sobre os trabalhadores.

Defender os interesses dos trabalhadores diante da “crise de segurança” é defender os direitos dos atendentes dizendo não ao Banco Postal, lutando contra a privatização da empresa e sua transformação em carro forte a serviço de empresas privadas.

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