No mês de janeiro a ECT (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos) realizaram shows em cinco capitais
comemorativos dos 350 anos dos Correios brasileiros. Além dos gastos com
estrutura, foram contratas vários músicos famosos para as
apresentações.
Segundo informações da imprensa, teriam sido gastos R$ 15,5 milhões nos shows,
ainda que a empresa não tenha divulgado gastos como os cachês pagos aos músicos.
Para piorar a situação, os shows teriam ocorrido sem
licitação.
Segundo fontes da imprensa, os Correios
contrataram a Trade Network
Participação, em- presa que organizou o
evento. Esse contrato ocorreu sem licitação, ainda segundo a imprensa, a escolha
do grupo teria se dado por “notória especialização” em realização de eventos. Um critério nem um
pouco confiável para uma empresa estatal, para dizer o mínimo.
As ligações dos Correios com o grupo
Trade Network é mais ampla. O grupo teria incorporado a Geo Eventos, ligada à
Rede Globo. Os Correios patrocinam o festival de música internacional
Lollapalooza, organizado pela Geo.
As relações dos Correios com a Trade
Network parecem estar além de uma “notória
especialização”.
Mas o que mais chama a atenção é que os
trabalhadores nunca veem a cor do dinheiro das festas e dezenas de patrocínios.
De milhão em milhão o correio enche os bolsos de empresários e de diretores
de cúpula da empresa.
Mas na hora da campanha salarial, nem
negociar com os trabalhadores a ECT quer. A mesma coisa a empresa está fazendo
nesse momento com a PLR. Se recusa a negociar e já afirmou que vai pagar o valor
que bem entender aos trabalhadores, que deve ser a esmola tradicional que a
categoria já conhece bem.
O trabalhador quer a parte que lhe é de
direito. Os Correios não são proibidos de patrocinar ninguém, desde que os
trabalhadores também possam receber aquilo que produziram o ano
todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário